Uma primeira tarefa importante é diferenciar os conceitos de urgência e emergência psiquiátrica.
Emergência psiquiátrica é qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo (de morte ou dano grave) para o próprio paciente ou para terceiros, demandando algum tipo de intervenção terapêutica imediata. Assim sendo, são condições inadiáveis, não se pode esperar. O tempo é medido em minutos ou horas.
Exemplos de emergência psiquiátrica: situações de violência envolvendo quadros psicóticos, juízo crítico acentuadamente comprometido, situações de graves autoagressões, tentativas objetivas de suicídio, quadros confusionais (em que há uma causa orgânica e a pessoa se encontra desorientada, oscilando o nível de consciência); além dos estados de estupor depressivo (cuja gravidade dos sintomas impede que o paciente esteja responsivo aos estímulos ambientais) ou excitação maníaca (dentro de um quadro de transtorno do humor bipolar).
Nesses casos, a melhor conduta dos familiares, ou de outras pessoas que testemunhem a intercorrência, não é fazer contato com a equipe que assiste o paciente, seja ele um psiquiatra e/ou psicólogo. Um atraso na resposta desse profissional pode custar minutos valiosos. O mais indicado nessas situações é conduzir o paciente, seja por meios próprios ou a partir do acionamento de uma ambulância, a um serviço especializado, para que o atendimento por uma equipe treinada seja muito rápido. A intervenção indicada pode incluir a realização de exames complementares e/ou o uso de medicamentos, até mesmo injetáveis.
Urgência psiquiátrica é uma condição que implica riscos menores e que necessitam de intervenções em curtos prazos (com o tempo medido em algumas horas ou pouco dias).
Exemplos de urgência psiquiátrica: quadros agudos de ansiedade, ataques de pânico, síndromes conversivas e sintomas psicóticos (que não envolvam agressividade).
Em ambas as situações anteriormente descritas, para uma atitude assertiva diante de uma emergência ou urgência psiquiátrica, é importante que se conheça a rede de Saúde Mental da sua cidade. Por exemplo, saber onde funciona um serviço que presta atendimentos a essas condições, seja público ou privado.
Deve-se saber que 192 é o telefone do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Esse é um serviço público gratuito e atende emergências médicas em geral 24 horas por dia. Além de realizar um primeiro atendimento e algum transporte necessário, o SAMU também oferece orientações por telefone sobre primeiros socorros. Em casos de planos de saúde, é muito relevante saber da existência de algum telefone que se possa acessar em casos de emergência e urgência, seja para buscar maiores orientações ou solicitar meios de remoção de um paciente.
Num contexto de atendimento de uma emergência psiquiátrica, são objetivos fundamentais por parte da equipe que está prestando a assistência:
Por fim, temos as chamadas condições eletivas, em que a rapidez da intervenção não é um critério essencialmente importante. Como exemplos, podemos citar quadros de ansiedade, sintomas depressivos de longa duração, informações sobre medicações e efeitos colaterais, e fornecimento de receitas.
Um ponto importante a ser destacado: converse com seu psiquiatra ou psicólogo sobre o que fazer em caso de uma emergência ou urgência psiquiátrica. Qual número de telefone acessar, para quem ligar, com quem fazer contato, para onde ir ou levar alguém na vigência de alguma dessas situações.
Também um outro elemento a ser acordado com o médico assistente: qual contato deve ser acionado no caso de efeito colateral de algum tratamento, medicamentoso ou não, por exemplo?
É fundamental lembrar que mudanças terapêuticas mais profundas, como a troca de uma medicação, devem ser feitas a partir da reunião de informações mais detalhadas, o que é obtido apenas em uma consulta. Trocas de mensagens por aplicativos deve ser algo pontual e breve. Do contrário, isso pode trazer prejuízos expressivos ao tratamento.
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